A Câmara Setorial da Cerveja, órgão ligado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento tem novo presidente.
O empresário mineiro, Marco Falcone, sócio-proprietário da Cervejaria Falke Bier e que já preside a Federação Brasileira das Cervejarias Artesanais , acaba de ser nomeado para o cargo em um mandato de dois anos.
A nomeação de Falcone para a Câmara Setorial da Cerveja foi publicada hoje no Diário Oficial da União, como pode ser conferido aqui
A entidade foi criada em 2019, com o objetivo de discutir os problemas ligados ao setor cervejeiro do Brasil.
Composta por todas as entidades representativas do setor produtivo, a exemplo da Associação Brasileira de Bebidas ( ABRAB), Sindicato Nacional da Indústria de Cerveja ( Sindicerv), Associação Brasileira de Cerveja Artesanal ( Abracerva), entre outros.
Um dos objetivos da Câmara Setorial da Cerveja em sua criação era o de fomentar a produção artesanal de cerveja, tomando como exemplo a revolução craft ocorrida nos Estados Unidos.
Conquistas da Câmara Setorial da Cerveja
Uma das primeiras conquistas da entidade foi a edição da Norma Técnica 65, que trouxe nova regulamentação para a produção, distribuição, comercialização e rotulagem das cervejas no Brasil.
Foi por meio dos debates e definições realizados pela Câmara que, por exemplo, a função de Sommelier de Cerveja foi incluída na Classificação Brasileira de Ocupações, o que é um passo em direção ao reconhecimento da profissão.
Outra importante atuação da Câmara Setorial da Cerveja foi o compromisso firmado por todas as cervejarias brasileiras de não utilizar produtos químicos nocivos à saúde, quando houve o incidente com a Cervejaria Backer.
Isto, inclusive, foi incluído na regulamentação da NT 65 editada pelo MAPA sob as diretrizes da entidade.
O setor de cervejas no Brasil responde por 2% do PIB, com faturamento na casa dos R$ 100 bilhões.
É o setor de cervejas que gera quase 3 milhões de empregos no país, arrecadando cerca de R$ 25 bilhões em impostos por ano.
É importante que a opinião do segmento seja ouvida para a tomada de decisões políticas e econômicas do país.
Com mais de 1300 cervejarias abertas em funcionamento, o setor é um dos que mais crescem no Brasil, gerando demandas que antes não tinham para onde ser encaminhadas.
A Câmara Setorial da Cerveja vem cumprindo essa lacuna, sendo a interlocutora do segmento junto ao governo federal.
O novo presidente, Marco Falcone elenca as bases prioritárias de sua gestão à frente da entidade:
” Outro exemplo: a política reversa da indústria do vidro. Como nós vamos regulamentar melhor o reaproveitamento de garrafas usadas para a fabricação de novas embalagens”
- Desburocratizar todas as ações do MAPA, facilitando o acesso, principalmente dos pequenos, ao órgão
Outras iniciativas estão sendo elencadas em uma série intensa de reuniões, segundo Falcone.
” Tenho certeza que nós vamos dar uma expandida violenta (sic), nós vamos dar um salto nunca visto antes”, afirma o novo presidente.
Ele justifica a certeza pela coesão entre todos os participantes da Câmara Setorial da Cerveja, inclusive pela eleição unânime de seu nome, apoiada por Ambev e Heineken, não somente pelo setor artesanal.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.