Falando em cerveja no rádio, pela CDL FM de BH, muitas novidades foram anunciadas nessa semana que passou. Falei de novas sours no mercado mineiro, de cerveja sem gluten, de livro cervejeiro na área do Direito e outras notícias mais. Confere aí os textos veiculados a cada dia
2a-feira, 20/07
Falando em cerveja sour…
Para quem gosta de novidades e está sempre atento aos novos rótulos que chegam ao mercado, estão vindo por aí duas novas cervejas da Cervejaria Mills, que tem o bar de fábrica no Velho Mercado Novo e agora está entregando seus produtos via delivery. Serão duas sours bem interessantes, envasadas em lata, o que facilita o transporte e o armazenamento.
A primeira é uma American Pale Ale Sour com cajá, batizada de Cajazeira. A segunda é uma Sour Beer com mexerica e manjericão, chamada de Mexeriqueira. Já estou fã das duas, mesmo sem ter provado ainda! As cervejas ácidas, as chamadas sours, parecem ter caído mesmo nas graças do público brasileiro. E não é para menos, porque acidez traz refrescância – tudo o que o nosso clima pede!
Cajazeira e Mexeriqueira começam a ser vendidas neste mês ainda. Os pedidos podem ser feitos diretamente com a cervejaria Mills pelo WhatsApp (31) 99527-2062
3a – Feira, 21/07
Falando em cerveja sem glúten…
Já está sendo vendida em Belo Horizonte, Juiz de Fora e Uberlândia a cerveja Stella Artois sem glúten, lançada na semana passada pelo grupo Ambev. A cerveja especial chega ao mercado mineiro em primeiro lugar, somente a partir de agosto será distribuída em São Paulo.
Stella Artois sem glúten é uma resposta ao mercado crescente para esse tipo de cerveja em todo o mundo. Ela passa por um processo, já utilizado por cervejarias artesanais, de aglutinar o gluten por meio de enzimas, colocadas no final do processo de produção da cerveja. Por isso, o sabor é exatamente o mesmo de uma cerveja com glúten, porque o grão utilizado é a mesma cevada maltada, ingrediente obrigatório da bebida.
Então, para quem tem certa intolerância ao gluten, ela funciona perfeitamente. Porém, para pacientes celíacos eu não recomendo o consumo sem antes consultar seu médico.
4a- feira, 22/07
Um livro sobre direito voltado a cervejarias será lançado no início de agosto pela editora Krater, de Porto Alegre, cujas publicações são exclusivamente cervejeiras. O livro que tem o título Direito para o Mercado da Cerveja aborda problemas recorrentes no setor como contratos, registros de marca, direito societário, trabalhista, tributário.
Esse é um projeto idealizado pelo advogado André Lopes, que já possui o perfil @advogado cervejeiro nas redes sociais, onde publica artigos voltados à matéria desde 2016. A publicação conta com a colaboração de outros advogados, especialistas em cada uma das áreas do direito abordadas.
O lançamento oficial de Direito para o Mercado da Cerveja será no dia 11 de agosto, mas já está aberta a pré-venda no site da editora. Taí um auxílio dos bons para quem é advogado e presta assessoria a cervejarias ou para quem é dono, sócio e, mesmo sem ser advogado, quer entender seus direitos e deveres.
5a- feira, 23/07
Falando em cerveja politicamente correta…
Escuta este caso ocorrido em Connecticut, nos Estados Unidos: um cliente, negro, foi ao bar World of Beer com um amigo e a esposa brancos. Pediu uma cerveja produzida por duas cervejarias suecas bem famosas, que custava 40 dólares. E qual não foi a surpresa desse cliente, segundo ele mesmo escreveu no Facebook, ao receber a garrafinha embrulhada em papel branco, no formato triangular de um capuz, com duas bolinhas negras simulando olhos.
Imediatamente o grupo chamou o responsável pelo bar e se recusou a consumir a cerveja, cuja embalagem claramente remetia ao capuz da Ku Klux Klan. O que o bar fez? Em resposta e pedido de desculpas aos clientes, retirou a tal cerveja de sua linha de produtos, passando a não vende-la mais.
Mesmo com a explicação da cervejaria de que a embalagem era um protesto ao racismo, o bar pediu desculpas públicas e informou que aquele tipo de representação visual não tem lugar no estabelecimento. Se fosse no Brasil, a questão cairia no campo da disputa ideológica, ou seria chamada de mimimi… é para se refletir, não é?
6a-feira, 24/07
Que o lúpulo brasileiro já é uma realidade palpável, isso ninguém tem dúvidas. Graças a produtores que não deixaram de acreditar que seria possível fazer a planta vingar em terras brasileiras, hoje já se colhe lúpulo em algumas regiões, como sul de Minas, São Paulo e Paraná…
Agora, pesquisadores da Universidade Federal do Paraná e do Instituto Federal daquele estado começam um estudo sobre como melhorar geneticamente o lúpulo, de forma a encontrar os cultivares ideais para o nosso clima, nossa latitude, enfim, nosso terroir.
Isso vai contribuir para que a planta cresça com mais nutrientes e com viabilidade econômica maior, o que pode tirar o Brasil da dependência dos mercados externos, já que 99 por cento do lúpulo utilizado na produção de cerveja em nosso país é importado. Viva a ciência, não é mesmo? Até para a melhoria da cerveja nossa de cada dia ela é essencial!
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.