Uma consulta pública, aberta pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, quer saber o que a população brasileira pensa sobre, entre outros itens, o acréscimo de leite e mel na cerveja. É claro que à primeira vista qualquer um vai dizer: “que porcaria! Onde já se viu colocar ingredientes esdrúxulos na velha e boa cervejinha gelada…” e aí é que está o problema – no entendimento da questão!A consulta é fruto de um longo processo, que se arrasta há anos no Brasil, no qual as microcervejarias lutam para aprovar rótulos de cervejas realmente especiais. Até hoje muitas novidades produzidas no país são barradas pela legislação, que proíbe a adição de produtos de origem animal na cerveja. Mel e leite estão nessa categoria e, portanto, não podem figurar entre as receitas desenvolvidas por cervejarias artesanais. Um contrassenso, porque aqui são vendidos legalmente rótulos importados que os contêm.
Ao consultar a população, o Mapa quer ter subsídios para alterar essa instrução normativa. Mas, afinal, para que e como colocar mel e leite na cerveja?? Em primeiro lugar é preciso explicar que ninguém pinga leite na loira gelada! Isso seria, de fato, nojento! Estamos falando de cervejas que levam chocolate na receita. E chocolate é uma massa de cacau, acrescida de leite. Cervejas com chocolate existem e são deliciosas! São pensadas para isso, preparadas com maltes torrados de tal forma que já apresentem aromas de cacau. Ao acrescentá-lo na receita, complementa-se esse cheirinho com o sabor. Confere-se a ela um corpo aveludado, que massageia nossa garganta ao ser engolido. É tão certeira a combinação de chocolate e cerveja, que a Wäls, microcervejaria de Belo Horizonte, acaba de conquistar medalha de ouro no concurso francês Mondial de la Bièrre, com a Petroleum, que leva um bom quinhão de chocolate belga na receita. Há poucos meses, a Baden Baden, da internacional Kirin do Brasil, lançou uma cerveja de chocolate, em edição limitada. A Backer, também de Belo Horizonte, vem conquistando alguns prêmios, nacionais e internacionais, por sua Brown, que leva chocolate em essência.
Quanto ao mel, ele é uma fonte de açúcar diferente para a fermentação da bebida. Não se toma uma cerveja adoçada com mel. Ele entra na receita para alimentar as leveduras, além de imprimir um caráter regional importante, dando identidade brasileira às cervejas produzidas aqui.
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