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Pequena notável!

Sempre me perguntam que cerveja, “das comuns”, eu mais gosto. Respondo sem pestanejar que tomo Heineken. É a que costumo pedir em bares, a que compro em festas na minha casa, a que aceito em reuniões nas quais é ofertada. Ela tem sabor, por isso é a minha preferida. Nos últimos dois meses, o consumidor mais atento deve ter notado, apareceu uma “ heinekenzinha” nos pontos de venda que só pela garrafinha tão pequena, a preços menores, dá vontade de comprar. Qual não foi a minha surpresa quando descobri que essa miniatura, correspondente a um copo apenas, vem diretamente da sede da cervejaria, na Holanda. Não é cerveja feita aqui. Nesse caso porque a embalagem não é encontrada no mercado brasileiro ainda, o que inviabilizaria sua venda no período do verão, período mais que evidente de maior saída para o produto.

Mas a surpresa não para por aí! E isso é o melhor. O gosto da cerveja caçulinha também não é o mesmo que sentimos nas das garrafas maiores. Não pense que é lenda urbana. É a mais pura verdade e tem explicação! Se você está acostumado a tomar a Heineken maior, ou mesmo a de latinha, que também apresenta diferenças no aroma em relação à garrafa verde, vai perceber no ato um sabor de pão evidente na pequenina. É o grão, o malte de cevada que se sobressai , embora o amargor do lúpulo característico da marca também esteja bem presente. Esse malte mais pronunciado pode ser percebido graças ao método de produção especial que a miniatura importada tem. Chamado de decocção, ele acaba gerando uma certa caramelização do grão, trazendo para a primeira cena os sabores característicos de pão, rosca, cookie.

Uma delícia só! Tal diferença é uma ótima ilustração para mostrar que nem toda cerveja é igual, ainda que seja do mesmo estilo de uma outra. Ainda que seja de um mesmo fabricante. Experimente comprar variações das embalagens de Heineken, cuidando para que todas tenham o mesmo prazo de validade, e promova uma degustação delas juntas. A garrafa long neck, a caçulinha, a lata e o barrilete de chope. Em todas elas você notará diferenças, ainda que mínimas, principalmente no cheiro. Na garrafa, o aroma é característico, dizem até que é o cheiro da Heineken, provocado pela incidência de luz, que reaje com os lúpulos gerando oxidação. Na lata você não o encontrará. Agora, aproveite e teste o sabor. Verá que a pequenina importada vai preencher muito mais o seu paladar com a doçura de grão. Cheers!

Fabiana Arreguy

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