Dicas cervejeiras, notícias e novidades sobre o segmento de cervejas do Brasil e do mundo. A cada semana, a coluna Pão e Cerveja veiculada pela Rádio CDL FM de Belo Horizonte faz um apanhado delas.
Confira quais foram as dicas cervejeiras de nossa editora Fabiana Arreguy pelo Rádio na última semana:
Já há algumas semanas que o tema racismo no segmento cervejeiro artesanal do Brasil vem ocupando a agenda.
Uma série de matérias foi feita a partir de prints de conversas racistas e misóginas trocadas entre membros, todos homens, de um grupo de whatsapp chamado Cervejeiros Illuminati.
O caso foi parar no programa Fantástico, da Rede Globo. E culminou com a renúncia de toda a diretoria da Associação Brasileira de Cerveja Artesanal, a Abracerva. Grande parte dela formada por participantes do referido grupo.
Pois a partir desse episódio a grande discussão agora é como tornar o segmento de cervejas artesanais mais inclusivo?
Como contemplar a todos, indistintamente, nesse meio?
Estamos buscando respostas para isso. E é nesse sentido que eu gostaria de recomendar alguns perfis do instagram, que valem a pena seguir:
@afrocerva;
@negracervejassomelier;
E o mais recente, criado pelas sommelieres de cerveja mineiras, Dani Dias e Dani Cardoso. Ambas mulheres, negras, que buscam caminhos inclusivos.
O perfil delas é @lupulomelanina. Segue lá!
Estamos oficialmente na primavera, a estação das flores. Se pensarmos em cervejas ideais para a estação, o que nos vem à cabeça, imediatamente, é o calor que já se manifesta alto por aqui.
E quais seriam as características da bebida mais adequadas?
Bom, se o calor é o principal elemento da primavera que nos guia, precisamos de cervejas refrescantes. O que traz refrescância para a cerveja é acidez, amargor cítrico e baixo teor alcóolico.
Como a primavera é a estação das flores, podemos pensar em rótulos com essas características refrescantes e também com algum tipo de flor na composição.
Por exemplo: cervejas com hibisco, uma flor ácida presente em algumas sours. Outro exemplo, camomila, também uma flor muito utilizada para infusões e que está presente na cerveja Wit mais famosa do mundo, a Hoegaarden.
Para muitos o lúpulo é uma flor. Embora os cones da planta não o sejam necessariamente, cervejas com lúpulos de perfil tropical e cítrico caem muito bem. Por exemplo: as American Pale Ale – as APA – ou as Session IPA.
Ficam aí essas dicas cervejeiras para brindarmos à boa nova trazida pela Primavera.
A Associação de Cervejeiros Caseiros Nacional – a Acerva Brasil divulgou na última semana o censo cervejeiro, realizado entre abril e maio deste ano.
A intenção da pesquisa era delinear o perfil do cervejeiro caseiro brasileiro. E o resultado não surpreendeu em nada.
Escuta só quem mais faz cerveja em casa em nosso país: homem, branco, de meia-idade, classe média-alta e com preferência pela produção de IPA para consumo próprio.
São 93% de homens contra 7% de mulheres produzindo cerveja em casa. 45% na faixa etária de 30 a 39 anos e 35% entre 40 e 49.
73% dos que responderam se declararam brancos, 17% pardos e 3% negros.
E sabe qual é a profissão da maioria dos cervejeiros brasileiros? Engenheiro.
872 pessoas, dos mais de 6 mil associados no país, responderam à pesquisa.
A loja Imaginarium fechou parceria com a marca norte-americana de cerveja Budweiser para uma linha de acessórios tecnológicos e de casa.
Os objetos têm a identidade visual da marca de cerveja, com as cores vermelho e preto em destaque. A campanha tiliza o slogan Um brinde ao seu reino – Be a King.
A linha é formada por churrasqueira portátil, que pode ser usada até em apartamento. Tem também um avental de churrasqueiro, com facas, luvas. Garrafa térmica no formato de uma garrafa de cerveja.
Copo térmico acompanhado de abridor.
Um kit tech, com fones de ouvido, cabos bluetooth e abridor, além de uma luminária com caixa de som acoplada e timmer para despertar quando a cerveja estiver gelada.
Mais temático impossível, não é mesmo?
Duas cervejas com ingredientes brasileiros pra lá de inusitados são o lançamento da cervejaria paulista OCA neste mês de setembro.
A proposta da OCA, e eu já falei dela por aqui outras vezes, é valorizar os sabores típicos do Brasil em sua produção.
Depois das cervejas com tapioca, a cervejaria agora resolveu trazer urucum e maxixe para dentro da garrafa.
O urucum foi utilizado em uma Catharina Sour que também leva morango, maracujá e hibisco. ( Olha aí a flor da qual eu falava ontem mesmo aqui na coluna. )
Já o maxixe foi parar numa Sour Ale que também recebe uma infusão de gin amazônico. E o que seria esse gin? você pode estar se perguntando. Explico: as especiarias que temperam a bebida são pacová, puxuri, guaraná e poejo.
É bem bacana essa visão ampla para os ingredientes exclusivamente brasileiros.
É esse o caminho para que as cervejas daqui sejam reconhecidas como algo único, original, e não somente cópias de estilos europeus consagrados.
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