Antes mesmo de inaugurar a fábrica, os imensos tanques dispostos em um galpão de vidro no Jardim Canadá chamavam atenção e atraiam visitantes curiosos em saber o que surgiria ali. De repente, sem muito alarde a Verace foi inaugurada, em plena crise – que ousadia! Abrir uma cervejaria com capacidade para 2 milhões de litros/ano, muita gente pensou, é coisa de gente rica disposta a arriscar uma grana, ou lavagem de dinheiro, ou fruto de planejamento correto, pesquisa e muito trabalho. Ainda bem que a terceira opção se mostrou a verdadeira!
Tão logo a cervejaria foi inaugurada, os sócios Túlio, Alessandro, Eduardo, Valéria e Rosana me convidaram para conhecer a fábrica, convite que foi feito a vários outros jornalistas, blogueiros e players do mercado cervejeiro local. Fui para ficar 1 horinha, em uma tarde de quarta-feira. Fiquei 4 horas, ouvindo os planos, a história de como surgiu a Verace, experimentando um a um os rótulos que inauguraram a Verace ( acho que eram 7 nesse primeiro momento). E foi assim que eu soube que os sócios, colegas de trabalho em indústria de cimento, viviam em Brasília quando o hobby de produzir cerveja começou a falar mais alto. Em São Paulo eles buscaram cursos de Sommelier de Cerveja e de Tecnologia Cervejeira para uma formação mais consistente. E, como Alessandro já tinha um terreno no Jardim Canadá ( o paraíso cervejeiro de Minas Gerais), por que não transformar em negócio aquele hobby que os fazia tão felizes?
Pesquisas sérias sobre o mercado, sobre os melhores fabricantes de equipamentos, sobre profissionais que pudessem montar a fábrica ( Evandro Zanini foi convocado para a missão) foram o primeiro passo. Depois um plano de negócios consistente. E só a partir disso a construção da fábrica. Etapa que, diante de um planejamento tão bem feito, durou relativamente pouco. Em 9 meses, exatamente uma gestação, a Verace dava sua cara à luz! E aqui está ela, comemorando um ano no mercado.
O mais legal, em minha opinião, é que a Verace veio para somar, não dividir! Desde o início quis se colocar nesse mercado de maneira cooperativada, colaborativa. Nunca usou de práticas desleais de concorrência, nunca desprezou seus pares, alguns com mais de uma década de atuação. Ofereceu suas dependências para várias cervejas feitas em conjunto com outras cervejarias, emprestou equipamentos para cervejarias em apuros, produziu cervejas particulares ( inclusive a nossa Take Five, que marcou os 5 anos da Academia Sommelier de Cerveja), deu oportunidade para jovens talentos cervejeiros lançarem receitas diferenciadas, participou de todos os eventos possíveis, pequenos e grandes. Enfim, entrou no ônibus já andando, sem querer tomar a janela. Trabalha duro e seriamente!
Hoje parabenizo os valentes sócios Alessandro, Eduardo, Valéria, Túlio e Rosana pela coragem de se lançarem em um mercado tão concorrido, de forma tão bonita, tão honesta! Parabenizo pelas cervejas, já são 13 rótulos agora, que têm conquistado o público e medalhas por sua qualidade. Vida longa, Verace!
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