Na folia dê preferência às que alimentam e revigoram! - Pão e Cerveja
Pão e Cerveja

Na folia dê preferência às que alimentam e revigoram!

Algumas cervejas têm o poder de renovar as forças, sabia? Elas podem ser refrescantes, algo importantíssimo neste calor, mas não precisam cumprir apenas o quesito de matar a sede. Cerveja é pão líquido, por isso pode alimentar. Pensando sobre o que falar da bebida, relacionando-a ao carnaval, me veio à mente essa propriedade. Poderia partir para o caminho da alegria, uma vez que a cerveja também é uma bebida feliz, associada muito mais a festas do que a momentos de introspecção e dor. Mas me lembrei de que, durante a folia, parar para comer é algo impensável na multidão. Acho até que a fome nem se manifesta nessa hora, embora a fraqueza se faça presente quando exigimos mais do corpo.

As cervejas de trigo, por exemplo, são uma boa pedida. Elas provocam a sensação de preenchimento, confundindo tantas vezes o consumidor que ele se diz inchado. Na verdade, são cervejas que alimentam e estão muito próximas do que conhecemos como pão. Um pão rico, é verdade, em dulçor e especiarias. As weizen, assim chamadas porque são representantes clássicas da escola cervejeira alemã, também são bastante refrescantes. Além do baixo teor alcoólico, a efervescência abundante provocada por uma carbonatação intensa, com leves acidez e adstringência, elas têm o poder de matar a sede, refrescar e preencher o estômago. Por isso eu as indicaria para os foliões dos mais de cem blocos de rua que Belo Horizonte terá neste carnaval.

Se as de trigo o enjoam, e aqui eu confesso que elas me provocam essa sensação porque trazem aromas de banana e cravo muito pronunciados, há opções totalmente diferentes delas. As stouts, da escola cervejeira inglesa, são outro exemplo de cerveja que refresca e alimenta. Com maltes torrados, lembrando café, elas são por excelência a cerveja do happy hour nos
pubs ingleses. E não é por acaso. No fim do expediente, tudo o que se quer é renovar as forças. E são elas as preferidas para tal fim. São negras, fluidas, nada doces, com baixo teor alcoólico. Passam pela garganta massageando, matando a sede, deixando um rastro firme, mas leve, de amargor. São fáceis de tomar. Os irlandeses bem sabem disso, pois foi lá que o estilo surgiu pelas mãos de Arthur Guiness, que emprestou ao exemplar mais famoso de stout o seu nome.

Sei bem que as latinhas de cerveja pilsen comum, a clássica loura, são bem mais fáceis de encontrar e mais baratas para comprar. Mas, se quiser renovar não só as forças, como também as ideias e ações, ficam aí minhas duas dicas!

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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