Oud Bruin é um estilo pouquíssimo conhecido no Brasil. Não costuma ser produzido com frequência e, para grande parte dos consumidores, é azeda demais para o seu paladar.
O estilo se origina da região oeste de Flanders, chamada de região flamenga, onde a Bélgica faz fronteira com a Holanda.
Os belgas a produzem desde o século XVII e sua representação maior é a Liefmans, que a transformou em seu produto típico, uma espécie de exemplo-mor do estilo.
A maior característica das Oud Bruin é ser uma cerveja ácida, que passa por processo de envelhecimento em barris de aço, não de madeira como acontece com sua prima Red Flanders.
Oud Bruin poderia ser traduzida, grosseiramente, por ” velha marrom”, o que descreve exatamente o que ela é na origem: uma cerveja Brown Ale que se acidifica a partir do envelhecimento.
Um dos primeiros rótulos produzidos pela cervejaria mineira foi a Brown Ale.
Essa cerveja, inclusive, ganhou medalha de Melhor do Brasil no World Beer Awards, logo no primeiro lote produzido em 2018.
Pois das experiências com envelhecimento feitas pelo mestre-cervejeiro Albanos, Pablo Carvalho, nasceram algumas versões ácidas da Brown Ale.
Justamente por ser um processo de envelhecimento longo, as cervejas ainda não haviam sido postas à venda.
Estão repousando há mais de dois anos à espera de seu ponto ideal.
Assim que o World Beer Awards 2021 abriu inscrições, já falamos do concurso por aqui, a decisão da Cervejaria Albanos foi a de enviar para teste aquela cerveja que vinha sendo envelhecida.
Ela então foi inscrita duas vezes: nas categorias Oud Bruin e Red Flanders, pois o regulamento do concurso assim o permite.
E não é que já na primeira etapa de resultados, a mesma cerveja ganhou medalhas nas duas categorias?
Na primeira, como a melhor do Brasil. E na segunda categoria levou medalha de prata.
As melhores de cada país seguiram, então, para Londres onde concorreram entre si.
Dentro de suas categorias, cada cerveja concorreu com companheiras do estilo feitas no mundo todo.
E foi nessa última etapa que a cerveja Albanos Accidentally Sour-Brown, avaliada por juizes de todo o mundo, levou a melhor.
Mais cervejas nascidas e criadas em Minas Gerais foram premiadas no World Beer Awards
A Wals 42 recebeu o prêmio de Melhor Saison do Mundo.
E a Wals Fruit Lambic, a melhor Lambic do Mundo.
Os prêmios da mineira Wals também foram em categorias de estilos belgas…
É Minas Gerais mostrando ao mundo o porquê do apelido ” Bélgica Brasileira”, provando que a qualidade e excelência das cervejas feitas aqui transpõem qualquer barreira.
Por isso, repito algo que venho dizendo há pelo menos 10 anos: quando uma cervejaria mineira ganha um prêmio desse quilate é o nome do setor cervejeiro do estado que ela alavanca.
Prêmios como esses devem ser comemorados por todas as cervejarias de Minas Gerais.
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Depois do ocorrido com outra cervejaria em MG essa deve instalar um sistema de monitoramento de seus ambientes e funcionários muito bem instalado.
falem da cerveja deus, quero muito comprar uma depois de ver o vídeo do https://nacaocervejeira.com.br/
É uma cerveja muito famosa aqui, mas lá na Bélgica não é considerada essa maravilha toda, não. É gostosa, para o meu paladar. Mas há cervejas infinitamente mais saborosas. Vale a experiência de qualquer maneira.