MAPA garante que cervejas artesanais estão livres de etilenoglicol. A afirmação foi apresentada em reunião extraordinária da Câmara Setorial da Cerveja, realizada na sede da FIEMG, em Belo Horizonte, nessa 4a feira.
A reunião foi organizada especialmente para discutir os casos de contaminação por etilenoglicol registrados em dezenas de lotes da cervejaria Backer. Com a presença de representantes de toda a cadeia produtiva de cerveja em Minas Gerais, o encontro foi convocado pelo presidente da entidade, Carlo Lapolli, também presidente da Abracerva – Associação Brasileira de Cerveja Artesanal.
Representantes do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento puderam apresentar os resultados das pesquisas feitas nas amostras colhidas na fábrica da Backer e reafirmaram que os casos de contaminação são restritos à cervejaria mineira.
De acordo com os técnicos do MAPA, por segurança e precaução, foram analisadas mais de 100 amostras de cervejas artesanais brasileiras e importadas, de marcas diferentes, para que se fizesse um comparativo entre elas. Nenhuma, afirma o MAPA, apresentou sequer traço de presença da substância química etilenoglicol.
” O mais importante é que ficou esclarecido que a crise é restrita à Cervejaria Backer, nós não temos hoje problemas de qualidade com as cervejas brasileiras, sejam elas industriais, com marcas grandes, ou sejam artesanais”, ressalta Carlo Lapolli.
O presidente da Câmara Setorial complementa – ” o próprio Ministério da Agricultura fez uma análise em mais de 100 rótulos de cerveja disponíveis no mercado de Minas Gerais, de cervejarias grandes, passando pelas artesanais, até a importadas, e desses 100 rótulos nenhum teve qualquer tipo de contaminação por etilenoglicol. Isso mostra que o caso é completamente isolado, trazendo segurança ao consumidor brasileiro.”
Para Carlo Lapolli, é claro que, mesmo tendo sido isolado, o caso Backer deixa algumas lições ao setor: por lidar com um produto alimentício, é preciso ter responsabilidade ao se colocar qualquer cerveja no mercado, garantindo a segurança alimentar do consumidor.
O recado do presidente da Abracerva é que todas as cervejarias revejam seus processos de controle de qualidade, de equipamentos, de avaliação dos fornecedores.
A associação se compromete a fomentar um plano de gestão de qualidade para pequenas cervejarias, de forma a não impactar em custos extras.
Após deliberações sobre a reunião extraordinária realizada em Belo Horizonte, a Câmara Setorial da Cerveja vai emitir uma recomendação formal para banir o etilenoglicol do processo de resfriamento nas cervejarias brasileiras.
A entidade também vai recomendar às cervejarias que reforcem seus parâmetros de segurança e de treinamento dos operadores de fábrica. ” Tudo isso com a intenção de trazer tranquilidade ao mercado. Essa é nossa missão agora” conclui Lapolli.
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