Em julho de 2017 foi eleita a nova diretoria da Abracerva – Associação Brasileira das Cervejarias Artesanais. Ao assumirem, os novos diretores lançaram quatro frentes de trabalho em prol do mercado cervejeiro nacional. Algumas lutas são antigas, como vencer a concorrência desleal praticada pelos grandes grupos cervejeiros ou diminuir a carga tributária que incide sobre o setor. E a Abracerva se propõe a estar mais perto do poder público para conseguir ter força ao empreender tais lutas. Unir o setor de fato é outra frente de trabalho, afinal são muitos players, de igual importância no mercado, que precisam trabalhar com um mesmo objetivo, do contrário não existe segmento e não existe força. O mercado cervejeiro no Brasil ainda é jovem e não são feitas pesquisas profissionais que levantem os números que ele movimenta. Assim, falar em crescimento sustentável e projeção para os próximos anos é quase impossível. É outra das lacunas que a Associação pretende preencher. Democratizar o consumo de cervejas artesanais, tirando-o de um nicho, também é seu objetivo, uma vez que a demanda do público é determinante para o fortalecimento do setor.
Em uma entrevista com o presidente da Abracerva, Carlo Giovanni Lapolli, procurei entender em que pé estamos enquanto mercado cervejeiro, afinal hoje temos “chutes” sobre seus números, sobre sua evolução, mas nada é comprovado e nem pode ser afirmado. Algumas esperanças, como a aprovação do regime tributário Simples para cervejarias artesanais, foram uma decepção, já que pouquíssimas empresas serão beneficiadas. Agora a associação tenta reverter isso, trabalhando na Receita Federal para mudar alguns pontos da lei. Na entrevista, Lapolli aponta algumas necessidades do setor e como aqueles que atuam nesse mercado podem contribuir para saná-las, afinal só um trabalho organizado e conjunto pode fazer o setor realmente crescer.
A entrevista pode ser ouvida aqui
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