Pão e Cerveja

Bebebilidade

Não estranhe se não entender a palavra que dá título a este texto. Bebebilidade é uma palavra que não existe em nossa língua, no entanto, seria a única tradução para um atributo muito importante na cerveja – drinkability. O termo refere-se ao grau de facilidade com que uma cerveja pode ser bebida. Quando os sabores, doce e amargo, se equilibram. Quando o álcool não agride nosso paladar. Quando o corpo da cerveja massageia nossas papilas gustativas. Quando a refrescância é alta. Quando mata a sede, dizemos que a cerveja tem alta drinkability. E qual é a razão de existir uma cerveja que não seja boa de se beber?
Mesmo sendo tão óbvia a resposta, a questão é que muita cerveja no mercado hoje parece ter a única função de ser conceito.

A que tem o maior IBU, ou melhor, a mais amarga do universo. Ou a mais alcóolica do mundo. A mais apimentada ( sim, existe cerveja com pimenta!), e por aí vai…Tudo isso pode ser muito engraçadinho no livro de recordes, mas na boca não tem tanto apelo assim. É muito chato abrir uma cerveja cheio de expectativa em tomá-la e dar com os burros n’água! Há quem possa argumentar que gosto não se discute, e essa é a mais pura verdade! Mas será que tem tanta gente que gosta de cervejas agressivas, com excesso de lúpulo, ou de álcool, ou de especiarias, ou de pimenta? Minha aposta é que não. E por isso eu digo que o atributo drinkability é tão importante. Deveria ser ele o norte para cervejeiros em suas produções, agradando a um maior número de consumidores e com isso ampliando o mercado para si.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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Líquido e Certo
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